terça-feira, 13 de outubro de 2009

O 'Era Uma Vez' moderno e a lógica dos relacionamentos



Em um reino muito distante. Uma princesa. Um príncipe. Um cavalo branco. Uma bruxa. Um sapo. Francamente, como engolimos tantos contos iguais?
O pior é saber que esses contos iguais são as nossas histórias reais. Sim, vivemos contos de fadas, não como os que assistiamos em VHS ou o que nossa mãe contava, mas um pouco, aliás, muito mais modernos. Na verdade mudou muita coisa mesmo. A começar do nome. Não podem mais ser chamados de contos de fadas. A menos que as fadas possam ser chamadas amor. Romantico? Não.., Quem disse que o amor é tão bom assim? Vou melhorar, contos de relacionamentos.
O reino distante hoje é distante mesmo, mas nem sempre se relaciona com um espaço terreno. Hoje o reino distante pode ser classificado como trabalho, estudos e todas as obrigações que nos mantem ocupados a ponto de não termos "tempo" nem para nós mesmos.
Os cavalos foram substituídos. Não só por metrô, ônibus e carros. Hoje eles tem o nome de MSN, orkut, torpedos e ligações telefonicas. Esse ultimo está ficando cada vez mais caro e em breve será descartado dos nossos contos.
O principe e o sapo vivem no mesmo corpo e trocam de uma hora para outra, sem que você possa enxergar. A princesa e a bruxa também.
O principe, enfrenta dragoes como ex-namorados, "amigos" da princesa, falta de dinheiro, falta de carro, falta de tempo, dentre outras. Além de ter que resistir a tentação da princesa do reino vizinho, geralmente, inimiga mortal da princesa do seu reino. E após enfrentar todas essa batalhas, deixa de ser o favorito da princesa. O lobo mau é mais cobiçado, como diriam: Ouve melhor, enxerga melhor e ainda te come. Romantismo? Só se exige quando se é solteiro. O principe tem que ter pegada, carro do ano, dinheiro pra bancar, barriga de tanquinho, muitos músculos, pouca inteligencia, pouco romantismo e mais pegada ainda. É nessa hora que ele vira sapo. E talvez seja difícil voltar a ser principe. Ao menos até encontrar A, (foco no A) princesa.
A princesa, por sua vez... enfrenta todos os dragoes que o principe enfrenta, mas ainda arranja um tempo para colher flores, que hoje são as roupas que ela vai comprar no shopping center, as unhas que ela vai fazer, a lipoaspiração e toda essa estética que a coitada está obrigada a viver. Mas, meus caros, é nela que mora o maior perigo. O principe, apesar de virar sapo, depois de algum tempo, não se assemelha em uma característica fundamental da existencia biologica da princesa: Ela vira bruxa, ao menos, uma vez por mês.
Já deram muitos nomes pra bruxa, mas o mais conhecido deles é a TPM. Nessa fase, a princesa torna-se irreconhecivel, com fortes chances de correr atras do lobo mau se o principe não fizer todos os gostos que a megera quiser.
Mas quando princesa, decide ser meiga, ao menos de aparencia. Passa a vida inteira procurando o principe (antes elas esperavam), quando encontra, acha que o lobo mau é mais legal. Para seguir com um grande lobo mau, precisa ter muito peito, muita bunda e pouca inteligencia. Se não conseguir, serve o primeiro lobo mau que aparecer pelo caminho. Quando se aventura com ele, descobre que o principe é o essencial. Quando procura outro principe, descobre que outra princesa transformou ele em sapo... E esse é o ciclo.
Felizes para sempre? Depende... Talvez você seja. Se deixar de acreditar nesses contos, não os de fadas, mas os nossos.

sábado, 29 de agosto de 2009

É... nós somos.


Nós somos da geração que vai ao McDonalds todo fim de semana. Que come um Big Mac com uma Coca, sem gelo, pra vir mais.


Nós somos os que ouvem a rádio Metropolitana, a 89fm, a Transcontinental, a Band, a Jovem Pan, ou a próxima que estiver na moda.


Nós somos quem assiste a novela da Globo, o Big Brother, ou qualquer reality-show que estiver na moda.


Nós somos os que consomem os livros e os cds que estiverem na Internet como os mais comprados.


Nós somos quem usa roupas da Nike, Adidas, Billabong, Onbongo,Ecko ou qualquer marca cara.


Nós somos quem tem Orkut, Twitter, Blog, Email do Yahoo, Msn, My Space e tudo que estiver na moda na Internet.


Nós somos quem frequenta academias, faz dietas, divide em 10x uma lipoaspiração, toma "bomba" ou qualquer coisa para ter o corpo perfeito.


Nós somos quem vai para balada ou barzinho no fim de semana, churrasco com os amigos, praia com a família, apenas para se socializar e tirar fotos mostrando "eu sou feliz".


Nós somos quem tem Bluetooth, Câmera com Vídeo, Fotos com mais 8MP, Tocador de MP3, etc.
Nós somos quem fala "a gente", "nóis vai", "véio", "mano", etc.

Somos palhaços que choram ao fim do espetáculo.
Somos modelos que se sentem gordas.
Somos quem tem tudo e ainda sente um vazio.
Somos quem chora no banho.
Somos quem sente falta de algo que jurou não sentir.
Somos quem rejeita as pessoas que mais amamos.
Somos quem gosta de quem nos faz sofrer.
Somos senhores e escravos de nossas guerras.
Somos depressivos, estressados, cardíacos, hipertensos, fumantes e alcóolatras.
Somos quem vai morrer no próximo minuto sem ter feito o que gostaria na vida inteira.
Somos quem tem uma vida inteira pela frente, com vontade de morrar no próximo minuto.
Somos quem escreve e fala toda essa tristeza, porque está na moda ser assim.


Somos quem está sem saída.
Somos os alienados e "felizes".
Está tudo bem...E é assim que tem que ser.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Lei municipal numero 1 zilhão de 2009: Proibido ler.



Cheguei tarde na faculdade. Com a criação da Restrição a Fretados, o trânsito, ao menos para mim, só piorou. Mas vamos seguir forte. Tenho que passar por desafios para conseguir a minha graduação. Graduação? Ela não é mais obrigatória para o meu curso. Basta escrever bem para ser jornalista, utilizando as palavras do STJ. Não sabia que estudava quatro anos apenas para aprender a escrever.


Posso tentar ser publicitário, aproveitaria as matérias do meu primeiro ano e faria algumas Adaptações. É... mas fica complicado exibir publicidade uma vez que Outdoors também estão proibidos.


Quem sabe posso adotar o hábito de fumar, para relaxar. Esqueci... fumar agora só na rua.
A rua está perigosa. Além de assaltos, temos a o 'H1N1' circulando pelos ares. As aulas deverão começar mais tarde.


Vamos relaxar. Ir para um bar, tentar esquecer. Ah não! Estou de carro. A Lei Seca está aí, não posso dirigir. Mas posso voltar de ônibus, algum amigo meu passa o Bilhete Unico. É... Bilhete Unico de trabalho, só pode ser utilizado por um usuário.


Só me basta chegar a duas conclusões:


São Paulo é a Meca da proibição.
E... o universo conspira.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

O balde



A minha revolta é muda. Não me mobilizo, não grito, não choro e nem bato. Calo-me. Jogo para algum lugar dentro de mim onde já estão raivas contidas, choros reprimidos, tristezas não demonstradas e gritos mudos. É como se fosse um balde com agua suja, mas aparentemente calma. Ao despejar mais agua no balde, o conteudo já existente remexe, as vezes respinga novamente em mim. Limpo e jogo aquelas gotas la dentro de novo.


A todo instante digo que o balde já está no limite, mas sempre tem espaço para algo mais. Quanto mais jogo, mais ele remexe e me incomoda, mas espaço ele ainda tem.
Já ouvi falar de stress, depressão, bipolaridade e enfarto cardiaco. É quando o balde vaza. Ele simplesmente é "protegido" pela minha máscara social: a de alguém feliz, "nem aí" e inatingível. Uma máscara para cada ocasião. A de homem simpático. A do príncipe encantado. A do Ogro machista. A do rapaz trabalhador. A do estudante aplicado; essa eu perdi. A do cantor de "clássicos" da música. A de bom filho. A de mal filho. A de irmão briguento. A de vizinho antipático.


Essas máscaras sociais disfarçam sempre o conteúdo do balde. Ninguém nem sabe que ele existe. Até um dia eu surtar e quando isso acontecer não há máscara que segure. Elas vão se rasgar e se despadaçar. E as máscaras sociais das pessoas ao meu redor, que ainda conseguem conter seus baldes, vão falar: "Louco". "Surtou". "Enfartou". "É Stress". "Ele não leva uma vida saudável". "Isso é de guardar coisas, por isso que não guardo". "Coitadinho".


Mas aqui quem vos fala é mais uma máscara: A de quem quer escrever algo legal.

E no fundo, eu não passo de um balde, que ainda não achou seu fundo.

sábado, 18 de julho de 2009

Os "Popozudos"

O mundo inteiro sofre de escassez. Escassez de água, de comida, de dinheiro (Ava!), de cultura, de inteligência, mas principalmente de coragem. Falta no mundo e sobra ao mesmo tempo. O mundo sofre de abundância de bunda, escassez de peito.


Peito para enfrentar o real e tudo que nos cerca. Peito para agir. Sobra bunda. Os chamados bundões. Em termos mais chulos, c...zão, se é que me entende. Prefiro chamar de popozudos. É... somos um bando de popozudos. Orgulho quanto a isso? Ou temos ou fechamos os olhos.


O engraçado é que as pessoas de peito não são enxergadas, ou se são, não são reconhecidas. Falta gente para acabar com a palhaçada na política, na vida social, na vida econômica. Ao invés disso o que fazemos: reclamamos, para si. A bunda cresceu. Parabéns. A hipocrisia também.


Vamos odiar nossa vizinha fofoqueira falar mal de nós, mas vamos assistir cada vez mais realitys-shows, o que que tem? É legal. Eu também assisto. Vamos rezar na Igreja e nos enroscarmos na balada. Muito bem! Viva! E cadê o peito para assumir quem somos?


Cadê o peito? Falta. O que me envergonha e enoja é saber que nada sou mais do que mais um popozudo. E talvez você seja também.
Onde estão os “melõezudos(as)”? Por favor. Precisamos de vocês.

Esse é o Brasil. Esse é o mundo.


E esse é mais um popozudo quem fala.

domingo, 31 de maio de 2009

Trabalhar e estudar? Conforme-se!

O relógio que toca às seis da manhã parece mais um instrumento de tortura. O primeiro pensamento que passa na cabeça é: "já?". Não lembro de ter dormido. Na verdade acho que fechei apenas os olhos e esse maldito já vem me incomodar.
Pouco a pouco o cérebro está recuperando o que consegue. Tenho a mania de dizer que ele está funcionando com apenas 10% de sua capacidade: o suficiente para eu levantar e andar... aos poucos ele vai acordando e com isso as memórias do dia anterior.
Vamos repassar mentalmente... hoje tenho dezenas de planilhas para importar no meu trabalho. Disso não há como fugir. Depois... Lembrei! Já ia me esquecendo foi isso que me fez dormir ainda mais tarde: o trabalho que tenho que apresentar depois de amanhã. Às vezes acho que tenho dezenas de almas. Sim... É a unica explicação que encontro para "tentar" dar conta das inúmeras atividades. O emprego exige esforço extra para dar conta dos seus interesses. O estudo exige um esforço extra ainda maior para dar conta das minhas atividades. "Se fosse fácil, todo mundo era formado no Brasil"... Quantas vezes já ouvi essa frase... Um tapinha nas costas dizendo: "Um dia o esforço vai trazer resultados".
Vida de estudante não é fácil. Todo mundo está cansado de saber. Somar isso a emprego, acho que é uma loucura total. É um ciclo. Trabalhe para manter a faculdade. Estude para manter o emprego. Onde ficamos nesse meio? Às vezes tenho a sensaçâo que tudo està sendo sugado... Será que vou conseguir aproveitar a recompensa, se é que ela existe, de tanto esforço? Haverá algo dentro de mim?
Olho as pessoas que estão ao meu redor. Parece que todo mundo está tão... Conformado. É acho que essa é a palavra. Num dia desses me surpreendi ao reparar que tal conformismo, assim como o meu próprio, era fachada. Reuni-me com um grupo de amigos na sala e começamos a falar da quantidade de trabalhos que somos exigidos na faculdade e no emprego. Quase choramos todos juntos. Parece exagero? Não, não é. Aquilo serviu como mais desespero e como alívio ao mesmo tempo. Nada vai mudar. Quer se formar.... Vai ser assim. Mas você não está sozinho. Outra vez o conformismo me dominando.
Acho que pensei demais. É melhor eu desligar o chuveiro e me vestir logo, ou vou me atrasar. Chuveiro é o único lugar para pensar. Fato. Deus, se existir peço perdão pela minha frase tão pecadora: estou sem tempo até para conversar com "Ele". Feriado, final de semana. Esquece. Vou ter que fazer hora extra e o tempo restante terminar aquele trabalho importantíssimo para apresentar na segunda-feira. Ninguém vai querer saber do meu cansaço. Todo mundo passa por isso. Vamos nos conformar: É a vida!
Não falei que ia me atrasar. Se eu não correr vou perder o emprego, parar a faculdade e ser sustentado pelos meus pais, o que não os agradaria muito. Mas um pouco de rebeldia não faz mal a ninguém. Por que não faço isso? Nossa perdi o ônibus... Que droga! Vou correr para alcançar outro. Depois eu penso.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

"Tira a máscara que cobre o seu rosto"



Comprei as últimas roupas da moda. Gastei um bom dinheiro com roupas de moda. Tenho um estilo de cada. Tem horas que quero ser alguém que se veste como se não se importasse com marca, mas que usa marca. Tem horas que quero usar terno e gravata. Tem horas que quero ter um estilo surfista.Tem horas que quero andar pelado. Enfim... Investi em cada tipo de situação que viesse.
Baixei as últimas músicas que estão nas rádios. Gastei horas procurando as novidades da semana. Tenho vários estilos de música no meu mp3 e no meu celular. Tem momentos que quero uma música calma, para pensar. Tem horas que quero aquela música que não sei a letra mas a batida é legal e está na moda. Tem horas que quero aquela música de revolta. Em outras quero uma música religiosa. Também... Investi em cada tipo de situação que viesse.
Atualizei o meu orkut com tudo que podia. Cada dia ele tem um estilo. Tem horas que eu quero que ele mostre uma pessoa forte.Tem horas que quero que mostre o quanto sou carente. Tem horas que eu quero chamar a atenção. Tem horas que eu quero não chamar a atenção. Acho que mais uma vez me preparei para qualquer situação que viesse.
Um dia reparei que nada disso estava mais valendo a pena...
E que de tanto me preparar para qualquer situação, na verdade não estou preparado para nenhuma....
Acho que minha "máscara social" caiu. Cansei de não ser eu.
O que vem pela frente?
Quem sabe? As opções são muitas: Vão desde me atirar no metrô às 10 da manhã para não incomodar ninguém, até a de me rebelar de vez e mostrar quem nem eu conheço.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

E se é platônico?

O amor tem várias faces, mas e quando é algo impossível?

Não é necessário ser um romântico nato ou especialista em relacionamentos para dizer que o amor é algo complicado de se entender. Aos apaixonados, pode ser uma coisa boa, quando o mesmo é retribuído, porém, para algumas pessoas o sentimento pode ser algo negativo: É o caso do chamado “Amor Platônico”.

Conforme definição em matéria publicada na revista Marie Claire (número 116, novembro/2000), “é aquele amor que nunca se concretiza”, mas assim como o próprio termo amor, em sua simples concepção, é algo difícil de definir. A palavra platônico, vem de Platão, filósofo grego que imaginava dois mundos, um de idéias, o chamado mundo ideal onde tudo seria perfeito, e o mundo real onde tudo é limitado.

Mas afinal, o que seria o amor platônico? Para a psicóloga Marta Regina Monteiro de Souza, pode ser classificado como um “amor proibido”, aquele impossível de acontecer por diversos fatores.
É o caso da auxiliar administrativa, aqui chamada de Maria, por não querer revelar sua identidade. Maria se viu apaixonada por um professor de sua faculdade, logo no primeiro semestre. “Desde o primeiro dia gostei dele como pessoa, mas com o passar do tempo foi surgindo uma atração, foi emocionante e doloroso, porque eu sabia que éramos ‘hierarquicamente’ diferentes”, diz Maria. A mesma diz que chegou ao ponto de não prestar atenção na aula e sim no professor. Como um dos “sintomas” comuns do amor platônico, ela não conseguia nem falar com o mesmo, chegando a ficar tensa em vê-lo. Maria, acredita que não tem a mínima chance de envolver-se com o professor: “Acho que não existe mais essa de professor não sair com aluno, mas eu sei que no caso dele é diferente e ele não sairia”, completa.

Outro caso de aluna apaixonada por professor, ocorreu com a operadora de atendimento Letícia Rosa. Letícia, hoje com 23 anos, se apaixonou por seu professor de Geografia quando tinha apenas 11 anos. “Era aquela coisa infantil, mas posso dizer que foi o meu primeiro amor”. Letícia escrevia cartas de amor e as escondia, além de abandonar outras aulas para assistir a do professor. “Um dia teve uma festa junina na escola e ele apareceu com uma mulher, para mim o meu mundo desabou”, diz Letícia. Hoje ela aprendeu a superar o sentimento, mas confessa que caso houvesse interesse por parte dele ela aceitaria um envolvimento: “Mesmo ele sendo casado, ficaria com ele. Não se eu estivesse com outra pessoa, mas confesso que numa situação assim ficaria muito balançada.”

Alunos apaixonados por professores,é um dos exemplos mais clássicos de amores platônicos. “A proximidade, cria um laço que as vezes passa a ser mal interpretado por uma das partes, criando uma afeição acima do normal”, diz a psicóloga Marta Regina. Segundo ela, em casos extremos, o amor platônico pode causar perda da individualidade, da auto-estima, alienação e obsessão. “Em casos de obsessão, deve-se procurar uma ajuda médica, pois há perda do senso comum, e à partir daí o sujeito está pronto para cometer qualquer coisa.” A psicóloga ainda disse que é algo difícil de conviver, pois a sociedade julga pessoas com esse tipo de amor, porque prefere manter os sentimentos camuflados.

No amor platônico se tem a imagem da perfeição, o que pode causar grandes decepções em casos de envolvimento com pessoas. “A pessoa se torna tão perfeita para você, que o simples fato de ela te dar bola, já pode torná-la ‘imperfeita’, se há um envolvimento maior, o risco de decepção aumenta porque você nunca imaginou defeitos sobre aquela pessoa”, explica Marta Regina.
Complicado de se entender, difícil de lidar, são apenas algumas definições para o amor platônico. Porém, em casos como esses, o que vale é o bom senso. Tudo em excesso faz mal e essa regra vale para sentimentos. Portanto, qualquer manifestação que possa parecer fora a atitudes comuns, procure um médico especialista, pois isso pode tornar-se algo sério oferecendo sérios riscos psicológicos para o indivíduo.

O que você sentiu?


Já me senti muito mal. Cheguei a chorar nas férias porque não pude vê-la. Não nos falamos muito mas só fato de vê-la já me faz ficar melhor. Antes tinha certeza de que não ia dar certo, mas aprendi a ter confiança em mim.
Pedro*, 19 anos, estudante. Apaixonou-se por sua colega na escola.


Já fiquei tensa em vê-lo. Hoje é normal, mas antes não conseguia nem falar com ele. Ficava muda, gostava apenas de apreciá-lo, na verdade nunca me canso disso.
Maria*, 22 anos, auxiliar administrativa. Apaixonou-se por seu professor na faculdade.



Me apaixonava pela idéia de gostar dele, era bem aquela coisa de ‘menininha’, mas confesso que mesmo hoje, se ele me ‘desse bola’, isso me balancearia.
Letícia Rosa, 22 anos, operadora de atendimento. Apaixonou-se por seu professor aos 11 anos.


*Nomes fictícios. Os entrevistados preferiram não revelar suas identidades.

O papel do Papel Jornal - ONG oferece curso de jornalismo para jovens da periferia de São Paulo

São Paulo - Fotografando. Foi assim que surgiu a idéia que daria início à ONG Papel Jornal, conforme disse a jornalista Roseli Lotturco em entrevista coletiva realizada com estudantes de jornalismo no Centro Universitário Sant'Anna, no ultimo dia 31. A ONG que atua no Jardim Ângela, periferia de São Paulo, já possui mais de 10 anos oferecendo cursos de jornalismo para jovens da região. Roseli, que já chegou a morar no Jardim Ângela, disse que os jovens possuíam um excelente senso crítico, mas faltava organizar as idéias.

A respeito do fato que deu início a idéia do projeto, a jornalista conta que uma amiga do jornal "A Folha de S. Paulo", tentava fotografar no bairro e foi barrada por alguns moradores. Esses moradores reclamavam que a imprensa só ia à periferia para tirar fotos da "desgraça". Questionados pela fotógrafa, de como poderiam ser ajudados, os mesmos disseram que tinham vontade de aprender a fotografar. A partir daí, um grupo de jornalistas organizou o projeto.

Hoje, Roseli é professora de texto na ONG e mostrou com orgulho na coletiva, as matérias produzidas pelos jovens, que batizaram a primeira edição como "Desabafo". "Eles procuraram nos dicionários e encontraram essa palavra, cujo significado dizia: 'algo que superamos/ reorganizamos", conta Roseli. A mesma ainda afirma que o pior problema que os textos enfrentam é o preconceito das classes A e B, que observam como dó. "Olhar de baixo para cima e de cima para baixo não rola", diz a jornalista a respeito dos jovens.

Perguntada se o projeto seria levado a outros bairros, Roseli disse que infelizmente não há como. Segundo ela, apesar de ajudar bastante, o mesmo é financeiramente limitado, citando por exemplo a impressão do jornal, que ela afirma ser cara.

A jornalista se surpreendeu com o último tema levantado pelos alunos, que foi a "Crise econômica". "Fiquei super feliz, pois além de ser um tema que eu gosto, com certeza será um desafio para eles", diz Roseli que é jornalista especializada em economia e escreve em outras áreas também.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Pré-estreia do filme "Divã" é exibida para alunos da UniSant'Anna

Por Leonardo Ferreira


Na ultima quita-feira (02), foi exibido para alunos do Centro Universitário Sant'Anna a pré-estreia do filme Divã. O evento contou com a participação do ator Marcelo Saback, roteirista do filme. Para conseguir o ingresso do evento, os alunos precisavam levar 1 quilo de alimento não perecível.


Marcelo contou que o filme é uma adaptação de livro homônimo, escrito por Martha Medeiros, que também virou peça de teatro. Ele classifica o filme como o melhor entre os três. O ator falou também sobre sua carreira citando sua participação em duas novelas da Rede Globo e em Sai de Baixo, onde era o roteirista. O mesmo citou que precisava ir ao Rio de Janeiro para a pré-estreia com a atriz Lilia Cabral, protagonista do filme, e com isso o tempo para perguntas foi curto, não sendo aberto a alunos, o que desagradou alguns dos presentes. Para a aluna Talita Ribeiro ele aparentou estar com muita pressa e não deu muita importancia ao evento com os alunos. Seu colega Ricardo Braga também criticou o pouco tempo de conversa: "Mesmo com pouco tempo, achei que ele explicou muito bem, mas faltou a discussão com os alunos, estávamos esperando isso". Apesar disso, ambos dizem ter gostado do filme. "Com certeza vai ter um bom resultado de público e eu voltarei a assistir", completou Ricardo.


O filme "Divã" tem em seu elenco Lilia Cabral, Jose Mayer, Reinaldo Gianecchini, dentre outros. "Divã" relata a história de uma professora de 40 anos que decide fazer uma terapia e relata acontecimentos de toda sua vida. Dirigido por Jose Alvarega Junior, estreará nos cinemas no dia 17.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Infância perdida no coração da Metrópole

Um retrato de uma realidade que assombra a todos, e em plena Avenida Paulista: o trabalho infantil.

Por Leonardo Ferreira
Cerca de 250 milhões de crianças entre 5 e 14 anos trabalham no mundo, segundo a Organização Internacional do Trabalho. No Brasil, segundo pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) realizada em 2001, são cerca de 2,2 milhões de crianças em atividades profissionais que muitas vezes não têm nem as condições básicas de segurança. A maior parte dessas crianças são do sexo masculino, porém, meninas não são poupadas sendo utilizadas tanto em atividades domésticas com remuneração (algumas vezes abaixo do normal), como em atividades pesadas.
São Paulo, a maior cidade do país, é uma das que mais sofre com o problema. É crescente o número de crianças vendendo mercadorias ou simplesmente pedindo esmolas em faróis da cidade. Temos a chance de testemunhar na Avenida Paulista, que é palco de eventos grandiosos e manifestações, considerada coração de São Paulo, a triste vida dessas crianças.
É o caso dos irmãos Aliaqui e Adson, de 11 e 13 anos de idade, que trabalham fazendo malabarismo nos faróis das travessas na altura do MASP (Museu de Arte de São Paulo). “A gente estuda de manhã e vem pra cá mais ou menos ao meio dia, depois a gente fica até as onze da noite”, relata Adson. Os irmãos trabalham na região há quase seis anos. Eles vivem em um quartinho alugado próximo à Rua Frei Caneca, com a mãe, Ana, e mais quatro irmãos. Segundo Ana, as crianças trabalham pois ela tem de cuidar de uma criança de quatro meses, seu filho mais novo. Segundo ela, não conseguiu mais nenhum emprego desde que foi dispensada do Banco Central, onde trabalhava como faxineira.
“As pessoas, passam e perguntam: Por que sua mãe não trabalha? E aí eu respondo que ela não trabalha porque não tem emprego, se ela tivesse eu não estaria aqui”, diz Aliaqui.
Os irmãos faturam entre dez a trinta reais ao dia, o que gera o sustento de toda a família.Os dois são os irmãos mais velhos.

Os consumidores

Os freqüentadores de bares da região, ou mesmo passantes, estão acostumados a avistar a cena. “Já se tornou algo tão comum em São Paulo, que nem surpreende mais, algumas vezes ajudo com alguma quantia, mais por pena mesmo”, diz Jefferson Araújo, técnico de seguros, que costuma andar pela região.
Alguns ajudam por pena, outros simplesmente como consumidores comuns de vendedores em condições normais, como é o caso do jornalista Carlos Henrique Santos: “Às vezes ajudo sim, por que não? Não ajudo por dó. Geralmente compro porque quero o que o moleque vende ou porque a abordagem dele foi legal.”
Alguns freqüentadores da região, consomem os produtos porém, acham errado as crianças estarem sendo usadas para pedir dinheiro ou para vender algo. Apesar disso, a ajuda vem de alguma forma. Para Carlos, o que falta é uma grande atitude do governo para acabar com o problema: “É muito fácil colocar um filho no mundo e mandar ele trabalhar porque o governo não te sustenta. O governo não tem obrigação de te sustentar, mas de dar condições dignas para que a criança tenha qualidade de vida e um ensino legal.”




sábado, 14 de março de 2009

Às vezes decido lhe visitar


Às vezes decido que vou. Vou e ponto. Não importa como nem onde. Eu vou lhe visitar.
Posso chegar silenciosa, como quem nada quer e você nem perceber a minha presença.
Posso chegar cantando alegre e com um bom vinho na mão.
Posso chegar chorosa procurando um ombro para me apoiar.
Posso não chegar. Não agora, daqui a pouco.
O que importa é que eu vou. Não sei quando. Pode ser hoje, amanhã ou daqui a vinte anos. Se bem me conheço podem ser até mais anos, mas não vou dar o gostinho de ser previsível. Minha marca é a surpresa. Minha obsessão é o desespero que tens pela minha chegada.
Eu posso cantar se você quiser. Mas creio que talvez você prefira o silêncio, como se fizesse diferença. Eu preferia o barulho, a monotonia me irrita.
Não sei se vou ter palavras para lhe dizer quando eu chegar. Talvez um “Enfim a sós”, ou quem sabe “Demorou mais cheguei”. Não sei, nem me importa saber. Se bater a vontade eu vou.
A única certeza que temos: você volta comigo.




Comentário humano: Alguém sabe me dizer quando ela vem?

sábado, 7 de março de 2009

Para contribuir aos absurdos...

Arcebispo diz que suspeito de violentar menina não pode ser excomungado
Religioso condenou mãe e médicos envolvidos em aborto.Imprensa italiana diz que Vaticano apoia decisão.

O caso da menina de 9 anos que interrompeu a gravidez de gêmeos causou comoção e revolta. A repercussão foi ainda maior pela reação da Igreja Católica ao aborto provocado pelos médicos. O arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, excomungou a mãe e a equipe médica envolvida no procedimento.
Nesta sexta-feira (6), o arcebispo disse que o padrasto, suspeito de violentar a menina e ser pai dos bebês, não pode ser excomungado. "Ele cometeu um crime enorme, mas não está incluído na excomunhão", afirmou Sobrinho. "Esse padrasto cometeu um pecado gravíssimo. Agora, mais grave do que isso, sabe o que é? O aborto, eliminar uma vida inocente." A equipe que participou do aborto está recebendo e-mails de médicos do país inteiro. Foram mais de 500 mensagens de apoio até a manhã desta sexta. Para os especialistas, não havia dúvida sobre a necessidade de interromper a gravidez e, sobre essa conduta, não cabe intervenção da Igreja.
O médico Rivaldo Albuquerque, que participou do atendimento, já havia sido excomungado antes. Ele entrou em choque com a Igreja Católica desde que participou da criação de um serviço de atenção às mulheres violentadas, que faz o aborto nos casos previstos por lei. Católico praticante, ele disse que não vai deixar de assistir à missa.
Quem é excomungado fica proibido de receber sacramentos como batismo, comunhão, crisma e casamento.
Repercussão
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota em que destaca o mandamento "não matarás" e reforça as críticas feitas ao aborto.
A imprensa italiana publicou, nesta sexta, reportagens afirmando que o Vaticano apóia a decisão do arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, de excomungar os envolvidos na interrupção da gravidez de uma menina de 9 anos.
O site do jornal italiano "Corriere della Serra" mostra um texto sobre o caso. Em entrevista, o padre Gianfrancesco Grieco, diretor do Pontifício Conselho para a Família, disse que o tema é "muito, muito delicado", mas a Igreja não pode "trair" seus princípios de defender a vida desde a concepção até a vida natural, mesmo diante de "um drama humano tão forte".
Ainda de acordo com o texto, o padre disse que "o aborto não é uma solução, é um atalho" e reprovou a atitude dos médicos.
[Publicado no G1]

Dessa vez... sem comentários...

Até onde vão os limites do aceitável?




Religião. O tema é um dos mais controversos e polêmicos da humanidade. O que realmente fazer? No que realmente acreditar? Existe uma religião correta? Quem está por trás disso mesmo? Deus existe? São apenas alguns dos temas que assombram a sociedade do século XXI.
Bíblia. O grande mistério. Até onde o que foi dito é verdade? Até onde podemos utilizar aquele contexto? Quem pode afirmar que tudo ali é real?
Aborto. Polêmica. Tirar a vida de um ser que seria indesejado? Que absurdo! Mas e quando isso oferece um grande risco de vida? E quando se trata de algo repugnante, como o estupro? Vontade de Deus? Até onde vai essa vontade? Quais os limites dessa vontade e quais os limites do livre arbítrio?
Excomunhão. Quem tem o direito de tirar o direito de um fiel, seguir o que pensa?
O que podemos pensar?
Amarrado nessas perguntas, apenas acredito ainda mais que isso tudo é uma grande bagunça. O que fizeram conosco? Como podemos ser assim?
Uma historinha:
“Criança de 9 anos teve uma gravidez descoberta na semana passada, depois que ela reclamou de dores e foi levada a uma unidade de saúde. Os médicos classificaram a gestação de 15 semanas como de alto risco, pela idade e por ser de gêmeos. Segundo os médicos, a mãe pediu para que o aborto fosse realizado.
O padrasto da menina foi preso, suspeito de ter abusado da garota e ser pai dos bebês que ela esperava. Ele deve ser indiciado por estupro. De acordo com a polícia, a menina sofria violência sexual desde os 6 anos.
O arcebispo de Olinda e Recife excomungou a mãe, os médicos e outros envolvidos no aborto . Ao justificar sua ação, dom José Cardoso Sobrinho disse que, aos olhos da Igreja, o aborto foi um crime e que a lei dos homens não está acima das leis de Deus.” [Postado no G1]
Uma opinião:
Em que mundo estamos? Excomunhão? O que é isso? Como que num momento em que mais precisamos acreditar que há um mundo superior onde tudo que vivemos aqui será compensado, a nossa “ligação” com esse mundo tem esse tipo de posição? Seria aceitável ver uma garota aos 9 anos de idade ser mãe de gêmeos, ou pior, morrer pois que corpo infantil teria condições de enfrentar uma gravidez. É proibida a utilização de anticoncepcional, de camisinha, fazer laqueadura ou vasectomia, mas não é proibido passar fome por ter inúmeros filhos, ou morrer com uma DST? Não é proibido dizer ao mundo que não houve o holocausto? Ou é permitido fechar os olhos diante dos casos de pedofilia que vêm crescendo entre os padres? Fechar os olhos diante do comércio que fazem em torno do nome do Deus? Diante de guerras como a do Iraque e a do Afeganistão? Que mundo é esse?
Apesar de para muitos religião ser algo indiscutível, creio que se há uma vontade de Deus, e se for como nos ensinaram, Ele não ia querer sofrimento. Um mundo cujo o nome de Deus está cada vez mais raro, precisa estar próximo a ele. Sei que muitos não fazem sua parte... mas e a Igreja? Faz?
Por ultimo apenas mais uma opinião: Religião sequer vai definir o que é certo ou errado, o que define é o seu ambiente e o seu verdadeiro interesse. Acredite ou não.

E uma pergunta? Essa postagem iria gerar uma excomunhão também? Ou será que estou possuído por algum espírito maligino?

Palmas para o circo do mundo!

domingo, 1 de março de 2009

O amanhã para o jornal impresso?

Adeus ano velho, feliz ano novo! Feliz década nova! Feliz século novo! É... os anos passam, e nós vamos deixando para trás coisas que hoje são apenas lembranças. Hoje... o que é afinal hoje? Passou, já foi ontem. Essa palavra traiçoeira que nos leva a largar o útil, que se torna inútil por uma nova parafernália, que era estranha a alguns anos atrás, ou ao menos caríssima.
Dentre todas essas nossas modernidades, temos o destino de um velho amigo e conhecido nosso: o jornal impresso. O que acontecerá com ele? Imagine-se numa banca de jornal (que talvez, nem tenha mais esse nome) daqui a uns vinte ou trinta anos. Calma! Não imagine-se sobrevoando num carro futurístico, segure-se em sua cadeira. O que será que vai haver lá? Sinceramente... não sabemos. Bolas de cristal, entrem em ação! Vamos supor...
Há pessoas que defendem que o jornal impresso, não deixará de existir, assim como o rádio não deixou de existir com a chegada da televisão. Porém, devemos pensar que a máquina de escrever, o disco de vinil, a fita cassete, o bip, e um monte de utensílios foram desaparecendo com o surgimento de modernas criações. A situação do jornal impresso é um pouco preocupante. Calma, não vamos nos alarmar... o fim não está tão próximo assim! Julgamos... o dia de amanhã pode ser o mais moderno da história e nem temos ciência. Mas... contando com o dia de hoje e nossas suposições, vamos aos fatos:
O jornal impresso conta com muitos adeptos, fiéis a sua leitura, geralmente, matinal, no bom e velho papel sujo.
A Internet atual, apesar de bastante evoluída, ainda não atinge toda a massa.
Dentre os muitos problemas da Internet (que provavelmente, serão resolvidos em breve), estão a qualidade da velocidade de conexão que ainda não é das melhores, os computadores portáteis, que diminuíram de preço, ainda não são acessíveis a grande parte da população. O custo para o uso da web nos aparelhos de celular é muito caro.
Quebrando algumas garantias, podemos imaginar que os mais fiéis ao jornal impresso, ainda são as pessoas mais velhas. Conforme pesquisa realizada nos Estados Unidos, oito em cada dez americanos entre 18 e 34 anos, não lêem jornal impresso. O atual leitor típico, que compra jornal todos os dias, tem entre 35 e 55 anos. Com o tempo, essas pessoas ficam mais velhas e conseqüentemente, mais alguns “fiéis” vão se perdendo.
Será que o jornal impresso vai mesmo acabar? Mais um dos nossos mistérios.
Antes é necessário entender que a nossa cultura já mudou há muito tempo. Os blogs evoluem a cada dia. O atual conteúdo da Internet é bastante resumido, porém, com uma possível mudança de cultura, esse conteúdo passará por mudanças também. O processo já foi iniciado, porém, nada muda da noite para o dia. É impossível prever uma data para o fim, já que é preciso ter muitas garantias de que o novo é suficiente, para enfim realizar uma substituição, isso em qualquer área. Falando de internet, creio que ainda não estejamos totalmente satisfeitos.
Com a modernização de aparelhos, custos serão altos no lançamento, porém, conforme cada ano que passa, as novas tecnologias vão ficando mais baratas o que gera maior acesso a população.
Apesar de muitos argumentos de diversas pessoas, arriscarem um possível fim do jornal impresso, o futuro ainda é incerto. Talvez, ocorra o mesmo que o rádio, talvez... é apenas mais uma suposição. Porém, os fatos apontam... o mundo se modernizou e aos poucos, o que era o passado vai sumindo.
Pode ser que o formato do atual jornal impresso mude, assim como já mudou bastante, porém, não há como prever com total certeza de como serão essas mudanças. Uma coisa é certa: o chamado mundo moderno chegou... estamos nos anos 2000 e muita coisa ainda irá mudar.
Vamos aguardar e ver o que acontece nos próximos capítulos de nossa história.
Mas, como sabemos... o futuro não nos pertence.

Eu... quer dizer... você tem a força!

Sempre tive uma grande dúvida a respeito disso... força. O que é força? Melhor... vou melhorar a pergunta, quem é realmente forte? O que torna um ser humano forte?
Forte é aquele que agüenta tudo, ou pelo menos finge que agüenta? Aquele que não desmorona em lágrimas quando é surpreendido pelos desafios da vida? O que pisa no outro e não se abala, não tem emoção? O enérgico, que vê tudo mal e tenta animar a todos para chegar ao resultado, sem entregar a sua dor? O que conforta a todos?
Meu Deus! Será que sou fraco? Forte é quem acredita ou quem não acredita em Deus? Será que existem pessoas fortes? Será que realmente, por dentro, nada se abala? Será?
Quem é forte?
O que deu a força? Uma dor no passado? Decepção? Chorou demais?
Como ser forte?
Aguentar a dor? Ao menos de mentira? O que é? Como? Por que?

Sinceramente: somos podres.

Classificados



Vendem-se sapos, criados diretamente em meu estômago. Idades e tamanhos variados. Tratar direto com o dono. Preço a combinar.

Compra-se paciência. Devido ao alto valor de mercado, somente contatar se houver intenção de negociar.

Procura-se juízo. Perdido há certo tempo, provavelmente desde que descobri o mundo. Paga-se recompensa.

Contrata-se esperança. Ter conhecimentos plenos dos problemas do mundo. Desejável conhecimento nos pacotes sociais e econômicos. Período Integral. Salário a combinar.


Quem nunca teve vontade de fazer um desses anúncios?

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Todo carnaval tem seu fim

Mais um carnaval, mais um ano. Mais uma vez temos a chance de nos distrair e teoricamente fazer "tudo" o que não podemos fazer no ano inteiro. Disfarce-se, não seja quem você realmente é e caisa na folia. Esqueça que na quarta-feira você voltará a ser humano e descobrirá que nada mudou e o próximo feriado ainda está longe. Esqueça.. curta. Pule. Grite. Dance.
E aqui minha mensagem para o carnaval:

Não beba com moderação, afinal você sempre é obrigado a fazer isso o ano inteiro.
Vá ao máximo de festas que puder e seja feliz ao menos uma vez no ano.

E como sou, apenas mais um como você, entro na onda do disfarce da sociedade que fingirá que tudo é feliz, tudo é sorriso nos próximos dois dias... Nossa! Já se passaram dois, estamos na metade.
Estou colocando minha máscara, mas desta vez, é a do sorriso.

Até que o carnaval termine.

Carnaval SP - Desfile do Grupo Especial - Visões do Setor J

O carnaval da cidade de São Paulo, que a cada dia vem crescendo e tornando-se uma referência turística para o país, encerrou na data de ontem (21.02.09) o desfile do Grupo Especial das escolas de samba da cidade. O desfile contou com a presença de pessoa ilustres e poucos problemas, o que tornou a festa ainda mais bela devido à grande criatividade dos carnavalescos e o excelente desempenho de todas as baterias.

As escolas que desfilaram no sábado foram Leandro de Itaquera, Pérola Negra, Mocidade Alegre, Acadêmicos do Tucuruvi, Gaviões da Fiel, Vai-Vai e Império de Casa Verde.

A escola Leandro de Itaquera trouxe como tema uma homenagem às periferias e à Regina Casé, que dedicou-se nos últimos anos a divulgar a cultura dos bairros periféricos.

A Pérola Negra, que falou a respeito de uma viagem à Índia, teve um excelente desfile. Ainda na concentração um carro da escola perdeu o eixo, o que gerou desespero em alguns integrantes e em todas as pessoas que assistiam ao desfile. Com muita habilidade, o carro conseguiu ser colocado na pista e gerou muitos aplausos da arquibancada e emoção entre os integrantes. O acontecimento pôde ser visto por poucas pessoas uma vez que o problema não demorou muito para ser resolvido.

A Mocidade Alegre, que distribuiu bandeirinhas entre todos os espectadores teve um excelente desfile que falava do coração. Alas dançando em forma de coração foram destaque. A rainha de bateria Nani Moreira, não desfilou à frente da bateria porém saiu como destaque no último carro da escola. A mesma teve uma filha recentemente e julgou que não tinha condições para desfilar na frente da bateria.

A Acadêmicos do Tucuruvi falou sobre Ouro Preto. No seu abre-alas a imagem de diversos santos e anjos, representando o Barroco. A madrinha de bateria foi a ex-dançarina Sheila Mello.

A Gaviões da Fiel, conseguiu estremecer a arquibancada. Antes mesmo da escola entrar, os presentes já cantavam hinos da escola e do Corinthians, time que a escola representa. Dentre os presentes apenas os que ficaram sentados em seus lugares ou não cantaram junto com a escola foram os torcedores de outros times, porém, os mesmos estavam em minoria. Falando sobre a roda a escola contou a evolução humana através da criação desta. A mesma contou com diversas celebridades. O último carro contava com uma figura enorme de São Jorge sobre um grande carro de Fórmula 1, em homenagem ao corintiano Ayrton Senna. O carro contava também com o cover do piloto.

A Vai-Vai, foi outra escola que conseguiu levantar toda a platéia, mas dessa vez toda mesmo, uma vez que a mesma não representa nenhum time de futebol e pôde contar com a torcida de todos os presentes. O desfile que falava sobre a saúde, foi belíssimo, porém teve de ser acelerado devido ao grande número de integrantes da escola e o pouco tempo de desfile. No final, uma confusão com os seguranças, ainda na concentração, fez com que alguns integrantes da última ala da escola tivessem de correr para conseguir entrar na avenida, outros porém, não conseguiram pois o portão foi fechado.

A última escola, Império de Casa Verde, contou com muito luxo. Os carros enormes da escola, que falava sobre as datas comemorativas no país, traziam ursos de pelúcia gigantes. Destaque também, para a bateria que teve belas coreografias. Por fim, o último e mais aguardado carro, fez com que todos os presentes ficassem boquiabertos. Um enorme tigre, com acabamento perfeito, desfilou sobre a avenida com rugidos e muita beleza.

Os presentes nesse último dia de desfile das escolas do grupo especial, puderam sair satisfeitos graças ao belo desempenho de todas as escolas. Agora, resta aguardar e ficar na torcida por cada escola do coração, na apuração que ocorre na próxima terça-feira (24.02.09), também no sambódromo. À partir daí, conheceremos a grande escola campeã, o que será uma disputa muito concorrida, face aos belos desfiles da sexta-feira também. Hoje ocorre o desfile do Grupo de Acesso que disputa duas vagas para o Grupo Especial.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

O machismo nosso de cada dia

Prezados leitores do meu blog, venho hoje a assumir que sou um ser machista.
Antes de dar a oportunidade a qualquer um de fazer julgamentos premeditados, gostaria de esclarecer um ponto muito importante: você também é. Isso mesmo, a menos que você não tenha sido criado dentro de uma caverna, sem contato com nenhum ser (nem com animais irracionais) você será machista, independente de ser homem ou mulher.
O machismo, ou melhor dizendo, as idéias machistas dominaram a nossa sociedade há milênios atrás. Os anos, séculos, milênios, passaram, porém, o máximo que se conseguiu foi a amenização dessas idéias, que hoje passam com descrição por todos nós.
Provavelmente, haverão alguns que irão torcer o nariz dizendo que não tem nada de machista na cabeça e que isso é coisa do passado. Ah, não? Com toda a sinceridade, duvido!
O machismo já foi imposto a nós desde criança. Meninas, quais foram seus brinquedos? Bonecas, fogões, vassourinhas, carrinhos de bebê, casinha de brinquedo, panelinhas, joguinho de chá e por aí vai toda a parafernália de utensílios domésticos infantis.
Meninos, quais foram seus brinquedos? Carros, pistas de corrida, bolinhas de gude, bolas de futebol, pipas, peão, vídeo game, etc. Toda a necessidade top de linha para uma diversão e um crescimento feliz.
Brincadeiras saudáveis? Sim. Por outro lado, o treinamento para uma vida adulta. Por que o adulto não cuida da criança ao invés de sair para o futebol ou para aquela feira de automóveis? Certamente porque, enquanto a menina brincava de boneca e chazinho com suas amiguinhas, o garoto pirava nas pistas de corrida, no futebol de rua, ou no mundo virtual do vídeo game.
É um absurdo, imaginar um garoto brincando com bonecas. Conheço pessoas que chegam até a bater nos filhos quando eles têm esse tipo de atitude. Os que defendem, também tem seu lado preconceituoso: “Coitado, ele faz isso na inocência, não vê maldade.” Creio que essa frase foi pior do que ter reprovado.
É errado, deixar uma garota jogar futebol na rua, para não se misturar com os “moleques”. Se souber fazer mais de uma coisa que meninos fazem então, do tipo jogar peão, empinar pipa, ser melhor no “The King Of Fighters”, é um forte indício de que poderá virar lésbica. Preconceito meu? Jamais! Isso é o que você, ou se não, a maior parte das pessoas ao seu redor pensam.
Partindo da infância para a adolescência, o garoto deve “pegar” o máximo que puder. Quantidade é sinal de status entre a galera. Virgindade, não pode mais ser falada quando se chega aos 14 ou 15 anos. Quem chegar à maioridade sem ter transado ao menos com umas cinco garotas na vida, será considerado “nerd”. Geralmente, podem dormir com as garotas em seu quarto.
Garotas... têm de ser bonitas, porém discretas. Ficar com muitos garotos é sinal de ser “vassourinha”. Perder a virgindade antes dos 15 é sinal de ser safada. Quem chegar à maioridade e tiver transado com outros caras que não tenham sido seus namorados, será galinha. Dormir no mesmo quarto que o namorado? Nunca! Só se não tiver espaço, e se tiver que dormir no quarto, aquele irmão caçula e pentelho, com certeza, será designado para dormir entre o casal.
E não adianta tentar ser liberal, todos vamos ter uma idéia semelhante. Seja contra sua mãe, mas pense que um dia vai ser mãe. Você, deixará sua filha transar com quantos caras quiser e aparecer em casa com um diferente a cada dois dias? Vai dar uma boneca para o seu filho brincar? Se você ver ele brincando de casinha, não vai julgar que ele possa se tornar homossexual? Vai deixar sua filhinha princesinha brincar de futebol, cercada de garotos?
Com sinceridade: Eu não e sabe por quê? Não nasci isolado da sociedade. Fui criado em meio a videogames e bolas de futebol. Pude transar com mais de uma garota e confessar isso para quem quisesse ouvir, ainda na adolescência e sem ser recriminado. Vi pessoas jamais aceitando uma filha dormir na casa do namorado, ou gerando aquela briga feia. Resumindo: Fomos corrompidos.
Se você ainda não se convenceu do quão machista você é, assim como eu... então, tudo bem. O mundo precisa de pessoas “liberais” como você... Com certeza vai dar um jogo de panelinhas para o seu filho, sua filha vai perder a virgindade aos 13 anos e você perguntará à ela os detalhes da relação, se ela sentiu prazer, se o cara era bom de cama, seu filho vai poder falar para você numa boa que ainda é virgem aos 25 anos de idade, sua filha vai poder dormir com dois caras ao mesmo tempo no quarto, você terá orgulho de dizer que sua filha já transou com metade do bairro, ou de mostrar com risos, aquela coleção de DVDs pornôs dela. Seu filho vai poder estudar ballet e você vai chorar na apresentação. Sua filha poderá engravidar e se largar a criança com o pai, e apenas pagar pensão, você não ligará de ver o seu neto apenas de fim de semana. Essa será sua garota. Esse será seu garoto. E esse, com certeza, não será você.


Gostaria agora de parabenizar minha colega Aline, que escreveu um texto magnífico (“O machismo no dia a dia dos nossos lares”) em seu Blog “Miro na Lua se não acerto, fico nas estrelas” (link ao lado), e baseado nas idéias deste texto, resolvi escrever o meu.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Palavras de um outro eu

Eu poderia estar aqui quando o amanhecer chegasse. Parado no meu canto. Contando os cantos da parede. Falando pelos cotovelos. Escrevendo o que não sei. Escrevendo.
Por que será que as palavras decidiram dominar os meus lábios, a minha voz, os meus dedos, a minha face? Será que fui destinado a escrever uma nova bíblia? Ou será que é pura falta do que fazer?
Por que não decidi virar jogador de futebol? Em quanto tempo eu enriqueceria se tivesse aprendido a cantar? E por que eu insisto em escrever?
Por que será que não parece que sou eu que falo? Como eu tenho a coragem de deixar essas injustas e suadas mãos, navegarem sozinhas pelo meu teclado, pela minha folha, pela minha face?
Quem será esse outro humano que quer se revelar nas palavras? E por que, ele sabe dizer tudo o que sente, em apenas alguns segundos?
Quem sabe, Deus me deu o dom de entender o que minha mão diz. De entender o que minhas palavras, ou as palavras desse meu outro eu, tentam me explicar. Quem sabe, com esse dom, eu perdi as esperanças de entender o mundo exterior e fugi para esse meu mundo trancado.
Por que? Quem és?
Tenho a esperança de que minhas palavras nunca morram. De que elas naveguem por esse oceano do mundo, mesmo com meu corpo repousado ao mar. O que é isso? Tristeza repentina? Palavras de sofrimento? Momento ‘EMO’?Não. São palavras da liberdade, que saíram do meu corpo sem que eu desse a devida autorização e que aqui estão para mostrar a você, sim você, que está tendo a oportunidade de ler, que palavras não se criam, nascem. Saltam. Gritam. Voam. Desprendem-se de você e no final, você olha aquela folha, aquele computador, aquele gravador, aquela voz e diz: saiu.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Big Zoo Brasil


Outro começo de ano e já estamos acostumados com o que vem. Chuvas, férias, trânsito menor nas avenidas, congestionamento nas estradas, minisséries globais (este ano tivemos da Record também) e o Big Brother Brasil.
Sabemos que não importa o quão fútil e, querendo ou não, inútil seja o programa, não importa, vamos ficar colados na televisão para saber o que há por vir. Será o assunto de amanhã, depois de amanhã e por aí vai. Você viu o paredão? Você viu em quem Fulano votou? Aqueles dois vão acabar “se pegando”! Normal. Todo mundo comenta isso. Eu também ué, quem não gosta de dar uma espiadinha?
Há aqueles mais resistentes: dizem não. Conheço dezenas de pessoas assim, mas sinceramente, acho que uma vez ou outra caem na tentação de saber quem é o gostosão ou a gostosona da vez. Bom, isso tudo não é novidade para ninguém. Há alguns que julgam que aquilo tudo é combinado, outros que acreditam que não, enfim... não vamos entrar nessa discussão.
O que me impressionou nesta edição do Big Brother Brasil, que começou no dia 13 de janeiro, foi a criação da chamada “casa de vidro”, onde quatro concorrentes ficaram por uma semana para conquistar o público de um shopping e ter a chance de entrar no programa e quem sabe ganhá-lo. Nem cheguei a ver se a disputa já acabou e nem quem ganhou. Isso pouco importa, logo, logo saberei. Mas... o que está acontecendo? Tudo bem, o formato do Big Brother Brasil sempre foi de um zoológico, onde aspirantes à fama, exibem seus corpos ou sua simpatia 24 horas para conquistar um público que os vigia e até admira, mas, aumentar ainda mais essa idéia não é nada legal.
Faltou ao público apenas anunciar: isto é o Big Zoo Brasil, bem vindos! Quatro seres humanos, que têm de ficar com suas bochechas doendo de tanto sorrir, são os animais da vez, exibidos para o público de um shopping que os observa com curiosidade, a mesma como se observa um leão ou um tigre, com a diferença de que esses últimos não pediram para estar ali.
Li hoje numa coluna do jornal Folha, o que diria George Orwell a respeito do Big Brother, inspirado em sua grande obra “1984”, e tenho certeza... ficaria horrorizado. O Grande Irmão com certeza não é nada disso. Aliás, o Big Brother não passa do divertimento criado para acalmar os proles, como citado no livro e como realmente acontece, mas hoje, a dimensão dele alcança muito maior, tendo espectadores de todas as classes.
Bom, não vamos deixar de assistir Big Brother por isso, tenho certeza. Alguns acham até legal. Este é o nosso mundinho fechado, onde para “se divertir” vale tudo. Somos animais mesmo e acredite, não acho que merecemos ser chamados de racionais.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Novo single de Britney Spears gera polêmica


A cantora norte-americana Britney Spears, cuja vida já foi uma das maiores armas de sensacionalismo nas mídias, que divulgaram sua imagem de todas as formas possíveis, voltou às paradas musicais com novos hits que alcançaram grandes sucessos.
Seu novo álbum, intitulado “Circus”, foi lançado em dezembro de 2008 e já conta com uma vendagem enorme. Deste álbum já foram lançados os singles “Womanizer” e “Circus”, este último lançado no mês passado.
A polêmica já volta a tomar conta da vida de Britney, conhecida como “A princesinha do Pop”. Deste vez, o que já circula na Internet, é a respeito do próximo single do disco: “If You Seek Amy”. O trecho que dá nome ao single, tem o som de letras soletradas que formam a expressão “fuck me”. O mesmo vem sendo criticado por diversos fóruns na internet e por pais de crianças que são fãs da cantora.
Algumas rádios pensam em censurar a música, que foi escolhida como single por fãs da cantora em seu site.
Vamos aguardar e ver no que dá, porém, de antemão, o hit já faz sucesso na internet onde muitas pessoas acessam o site YouTube para dar uma conferida.
Confira a música no link abaixo:
http://br.youtube.com/watch?v=c-HYQHuBut8

Referência: Site UOL Música

Músicas para todos os momentos


Não é novidade para ninguém que a música tem o poder de expressar nossos pensamentos, sentimentos e muitas coisas que às vezes não temos coragem de dizer. É comum prestarmos atenção em determinada letra e dizer que a mesma tem tudo em comum conosco, ou com o momento que estamos vivendo.
Os dois momentos em que mais lembramos e nos identificamos com algumas músicas são aqueles momentos de tristeza, mais conhecidos como “momentos fossa”, e os momentos em que precisamos levantar a auto-estima.
A 89Fm, em seu site (http://www.89fm.com.br/), elegeu as 10 músicas para os dois momentos. A íntegra você pode conferir nos links descritos no final desta matéria.
Confira agora as 10 músicas para os “momentos fossas”, e logo abaixo as 10 músicas para “dar a volta por cima”.

As 10 mais “fossa”

1º “Without You” – Mariah Carey

2º “Você Não Me Ensinou a Te Esquecer” – Caetano Veloso

3º “Nothing Compares” – Sinead O’Connor

4º “You’re Beautiful” – James Blunt

5º “Tears In Heaven” – Eric Clapton

6º “Don’r Speak” – No Doubt

7º “So Sick” – Ne-yo

8º “My Immortal” – Evanescence

9º “Duas Lágrimas” – Fresno

10º “Because Of You” – Kelly Clarkson

As 10 mais “volta por cima”

1º “Sexed Up” – Robin Williams


2º “I Will Survive” – Gloria Gaynor

3º “Stronger” – Britney Spears


4º “Survivor” – Destiny’s Child

5º “Alone” – Offer Nissim e Maya

6º “Hung Up” – Madonna

7º “Irreplaceable” – Beyoncé

8º “So What” – Pink

9º “Smile” – Lily Allen

10º “Garganta” – Ana Carolina

Ouças as músicas nos links abaixo:
http://www.89fm.com.br/noticias/voltaporcima.aspx
http://www.89fm.com.br/noticias/musicas_depre.aspx

Referência: Site 89Fm

sábado, 17 de janeiro de 2009

Já escreveu algo hoje?

Escrevo o que sinto e o que meu pensamento diz.
Escrevo o que minha voz não teve coragem de dizer.
Escrevo sobre a tua, sobre a dele e sobre a minha vida.
Escrevo o quanto a nossa cabeça é medíocre.
Escrevo o que sei, o que estou aprendendo e o que não sei desse mundo.
Escrevo para tentar entender porque a vida é assim.
Escrevo para fazer a justiça que minhas mãos não fizeram.
Escrevo porque tenho esperança que o mundo veja.
Escrevo para namorar as palavras.
Escrevo o que não importa aos normais.
Escrevo o que não importa a você.
Escrevo, para não morrer com as palavras.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Pena de morte?


É inacreditável como a "modernidade" das novelas a cada dia nos surpreende.

É a novela que nos "ensina" a moda que devemos seguir, a gíria que devemos falar, os conceitos que devemos ter, a música que vamos ouvir, o estilo de vida que vamos levar, etc. O poder ideologico de suas histórias é impressionante. Tudo é seguido conforme mostrado na novela, até os nomes, não me surpreenderia se em uma maternidade, nesse momento, nascessem Floras, Donatelas e Laras. O poder das novelas não é novidade.

O destino de uma personagem da novela "A Favorita", porém, me impressionou. Não sou a melhor pessoa para comentar de novelas, uma vez que, nunca as acompanho. Devido às férias letivas, pude ter a oportunidade de acompanhar o final de tal novela, o que não foi tão difícil de conseguir, uma vez que sabia por tabela tudo o que se passava com os personagens, só não os conhecia. Voltando ao foco, o destino da personagem que me impressionou foi o papel vivido por Helena Ranaldi, Dedina. Não acreditei que em 2009, viveria para ver "pena de morte" novamente. E o pior, por adultério.

Parece que voltamos à Idade Média, onde os "adúlteros" (as aspas não estão aí por acaso, acredite), eram queimados na fogueira. O pior que vejo é a opinião pública, sim, a famosa opinião pública. Conversas no ônibus, metrô, trabalho, etc. não escondem a sua opinião: "Bem feito, ela traiu, agora paga!". O que está acontecendo com o mundo "moderninho"? Voltamos a raízes passadas? Antes fosse... antes fosse.

O adultério é algo que é imperdoável para qualquer casal que realmente se ame. Sim. Não estou em defesa do adultério, mas acho que já crescemos o suficiente em termos de mentalidade, para aceitar que o adultério seja pago com a morte. Se é que merece castigo.

Traição é algo duro de se aceitar, realmente, porém de que vale vingar-se? Meu amigo, ou amiga, o "chifre" já foi dado, de que adianta agora dar o troco? E pior, de que vale a morte para "aliviar" a culpa? Jurei, estar assistindo uma novela de época, não fossem os trajes dos personagens, me perderia na história.

O mais engraçado é que tratamos e ensinamos que a essa visão de mundo, sempre existiu.

O mundo no passado não passava de tratos e acordos, e o casamento era mais um desses contratos. A menos que não fosse um escândalo público, pouco importava a mulher, às vezes até ao marido, que seu cônjuge tivesse relações fora de seu casamento. É preciso entender que esse conceito de família é coisa moderna, pós Revolução Francesa. Mamãe, papai e filhinhos sempre juntos e unidos é uma idéia que nos foi vendida e que, não sei como, até hoje acreditamos.

Sabemos, há muito, que nenhuma família vive como num comercial de margarina. E mesmo sabendo de tudo isso, ainda assistimos o castigo final de uma adúltera com a morte? Como se isso redimisse seus erros.

Precisamos melhorar nosso conceito de morte. Nem todos que morrem viram santos. E erros não são corrigidos com a morte.

Mas vamos fazer o que não é mesmo? Com certeza a "tiazinha" do ônibus irá falar: "Bem feito, traiu tem que pagar!".

Bem vindos ao moderníssimo 2009!

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Séries alcançam excelente audiência


Os dois maiores canais da televisão brasileira, Globo e Record, lançaram ontem novos seriados.
A Globo lançou “Maysa – Quando fala o coração”, que conta a história da cantora Maysa Monjardin Matarazzo, mãe do diretor de telenovelas Jayme Monjardin. A série retrata a polêmica vida da cantora, que levava uma vida boemia em plena década de 60.
A estréia mostrou o acidente que matou Maysa e retratou a vida da cantora como “flashbacks”. A atriz Larissa Maciel, teve uma ótima atuação, tendo grande semelhança com o comportamento real de Maysa. Outra curiosidade da série é que Jayme (ou Jayminho, como é retratado), é vivido pelos netos (e filhos de Jayme) de Maysa: André Matarazzo e Jayme Matarazzo Filho.
Maysa, alcançou 31 pontos no Ibope.
Já a Record, lançou “A Lei e o Crime”, que conta com grandes atores (como Ângelo Paes Leme, Raquel Nunes e Heitor Martinez), mostra a vida do personagem Nando (Angelo Paes Leme), que após ser humilhado acaba matando o sogro. Com isso, o personagem é obrigado a fugir e se aprofundar cada vez mais na vida do crime caso queira sobreviver e reencontrar sua esposa (Raquel Nunes) e sua filha.
A série tem sua história passada numa favela carioca, o Morro do Alvorada. Segue traços semelhantes da novela “Vidas Opostas” (inclusive o cenário é o mesmo).
Apesar de toda violência mostrada, a série alcançou 25 pontos no Ibope.
Tais series de peso, ainda não concorrem no mesmo horário. “A Lei e o Crime”, começa as 23h15, enquanto Maysa começa logo após a novela “A Favorita”.
Parece que o espaço dos famosos seriados de janeiro, não pertence mais somente à Globo, mais uma prova da concorrência, que enfim, está chegando na televisão brasileira. Ainda está fraca, porém, quem sabe um dia...

Referências: Site Rede Record
Site Rede Globo
UOL Televisão
Wikipédia

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Israel e Bla Bla Bla (Parte III)


Como adulto que ainda não sou,

O jornal está com uma manchete super escandalosa: Na foto, uma criança chorando. Não sei porque ainda apelam para esse tipo de sensacionalismo. Nada impressiona mais. Bombas, Oriente Médio, Israel, Palestina e todo esse blábláblá.
Nem uma criança que pergunta inocentemente, o porquê da briga desse povo todo, não impressiona.
Tento explicar, mas logo desisto. Como explicar algo que eu não vivo? Por mais que eu tenha me afundado em estudos, por mais que jornais, televisão e internet tenham me bombardeado com a notícia, eu não sei!
Tem certas coisas que apenas sentindo na pele para explicar, acho que é o caso.
Não vai impressionar número de crianças, e civis mortos, sabe por quê? Sempre haverá a amenização ‘a maioria foram militares mortos’.
Será que viramos loucos? São pessoas! Pessoas que morrem!
A arte da guerra evoluiu muito. Nada impressiona, o que impressiona, há muito, foi aprendido e como todo erro aprendido, foi corrigido.
Já reparou que as bombas são mostradas do alto? Apenas a bola de fogo, parecem fogos de artifício. Não fosse a guerra, seria espetáculo (ué... não é?). Depois.... apenas os destroços. Dá pra perceber que ali há vitimas?
Por que não mostram mais a destruição dos corpos, causadas pelas bombas? Por que não mostram os feridos se agonizando?
Não! Não sou nenhum maníaco por sangue e carnificina, se eu fosse, eu faria a carnificina. Não desejo ver fotos nem imagens aterrorizadoras. Sabe por que? Porque impressionam! Dá dó. Dá dor. Dá pra sentir na pele um pouquinho do que se sente. Dá pra se sentir culpado e numa guerra, tudo que menos se quer é a culpa. A culpa é coisa para os fracos. O mundo é coisa para os fortes.
Francamente, desisto de entender o mundo.
Deixe para os jovens. Ou quem sabe, no futuro, as crianças.


Paz na terra aos homens de boa (e má) vontade!

Israel e Bla Bla Bla (Parte II)

Como jovem,

Acabo de acessar a internet atrás de alguma novidade musical. Tudo que vejo são números de crianças e civis mortos em um lugar que mal eu sei onde fica, mas sei que, como diria uma tia, ‘a coisa ta preta’.
Resolvi me aprofundar um pouco. Queria ver o que os jornais internacionais estavam falando. Tipo: Estados Unidos, entende? Pois é. Parece que estão ocupados com outras coisas mais importantes, porque as manchetes não são tão escandalosas quanto as nossas sobre Israel.
Quem vê pensa também que estamos preocupados. Na verdade, sendo bem sincero, nunca me interessei muito por Israel. Sei que desde que nasci já tem uma guerra que nunca acaba. Minha mãe diz que é desde o tempo de Cristo. Acho que não. Mudaram os interesses e muito.
Tentaram me explicar o que ocorre. Professores da escola, da faculdade, o pessoal do serviço, enfim, todo mundo, mas acho que estava mais ocupado com o meu ‘Mp4’ no ouvido.
Mesmo sabendo pouco, apenas uma coisa me assusta. Li uma declaração dizendo que os bombardeios insistentes de Israel (e olhe que não estou em defesa de nenhum dos lados), são apenas para alcançar a paz. Que paz é essa que é conquistada com tanta violência? É mesma coisa que a polícia chegar numa favela e dizer: “Vamos matar ‘geral’, independente de criminoso ou não. Tudo isso para encontrar a paz”.
Paz? Fala sério. Agora entendo muito bem o que George Orwell no livro ‘1984’ quis dizer: Guerra é paz.

O mundo é muito complicado mesmo. Desisto de tentar entender.
Vou voltar para o meu Mp4.

Israel e Bla Bla Bla

Como criança,

Eu nunca entendo o que está acontecendo. Minha mãe diz que é o fim do mundo. Meu pai diz que já virou rotina. A professora, diz que é assunto muito forte para ser tratado conosco. A TV diz que, não sei quantas, crianças morreram.
Afinal, será que há alguém no mundo que pode me explicar o que está havendo?
Por que existe bomba? Quem é o lado do bem e quem é o lado do mal? Será que um míssil vai atingir a minha casa?
E todas aquelas pessoas mortas? Vai ter espaço no cemitério?
Sinceramente, já sei que ninguém me entende. Não faz mal, agora sei que não entendo ninguém mesmo.