segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Big Zoo Brasil


Outro começo de ano e já estamos acostumados com o que vem. Chuvas, férias, trânsito menor nas avenidas, congestionamento nas estradas, minisséries globais (este ano tivemos da Record também) e o Big Brother Brasil.
Sabemos que não importa o quão fútil e, querendo ou não, inútil seja o programa, não importa, vamos ficar colados na televisão para saber o que há por vir. Será o assunto de amanhã, depois de amanhã e por aí vai. Você viu o paredão? Você viu em quem Fulano votou? Aqueles dois vão acabar “se pegando”! Normal. Todo mundo comenta isso. Eu também ué, quem não gosta de dar uma espiadinha?
Há aqueles mais resistentes: dizem não. Conheço dezenas de pessoas assim, mas sinceramente, acho que uma vez ou outra caem na tentação de saber quem é o gostosão ou a gostosona da vez. Bom, isso tudo não é novidade para ninguém. Há alguns que julgam que aquilo tudo é combinado, outros que acreditam que não, enfim... não vamos entrar nessa discussão.
O que me impressionou nesta edição do Big Brother Brasil, que começou no dia 13 de janeiro, foi a criação da chamada “casa de vidro”, onde quatro concorrentes ficaram por uma semana para conquistar o público de um shopping e ter a chance de entrar no programa e quem sabe ganhá-lo. Nem cheguei a ver se a disputa já acabou e nem quem ganhou. Isso pouco importa, logo, logo saberei. Mas... o que está acontecendo? Tudo bem, o formato do Big Brother Brasil sempre foi de um zoológico, onde aspirantes à fama, exibem seus corpos ou sua simpatia 24 horas para conquistar um público que os vigia e até admira, mas, aumentar ainda mais essa idéia não é nada legal.
Faltou ao público apenas anunciar: isto é o Big Zoo Brasil, bem vindos! Quatro seres humanos, que têm de ficar com suas bochechas doendo de tanto sorrir, são os animais da vez, exibidos para o público de um shopping que os observa com curiosidade, a mesma como se observa um leão ou um tigre, com a diferença de que esses últimos não pediram para estar ali.
Li hoje numa coluna do jornal Folha, o que diria George Orwell a respeito do Big Brother, inspirado em sua grande obra “1984”, e tenho certeza... ficaria horrorizado. O Grande Irmão com certeza não é nada disso. Aliás, o Big Brother não passa do divertimento criado para acalmar os proles, como citado no livro e como realmente acontece, mas hoje, a dimensão dele alcança muito maior, tendo espectadores de todas as classes.
Bom, não vamos deixar de assistir Big Brother por isso, tenho certeza. Alguns acham até legal. Este é o nosso mundinho fechado, onde para “se divertir” vale tudo. Somos animais mesmo e acredite, não acho que merecemos ser chamados de racionais.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Novo single de Britney Spears gera polêmica


A cantora norte-americana Britney Spears, cuja vida já foi uma das maiores armas de sensacionalismo nas mídias, que divulgaram sua imagem de todas as formas possíveis, voltou às paradas musicais com novos hits que alcançaram grandes sucessos.
Seu novo álbum, intitulado “Circus”, foi lançado em dezembro de 2008 e já conta com uma vendagem enorme. Deste álbum já foram lançados os singles “Womanizer” e “Circus”, este último lançado no mês passado.
A polêmica já volta a tomar conta da vida de Britney, conhecida como “A princesinha do Pop”. Deste vez, o que já circula na Internet, é a respeito do próximo single do disco: “If You Seek Amy”. O trecho que dá nome ao single, tem o som de letras soletradas que formam a expressão “fuck me”. O mesmo vem sendo criticado por diversos fóruns na internet e por pais de crianças que são fãs da cantora.
Algumas rádios pensam em censurar a música, que foi escolhida como single por fãs da cantora em seu site.
Vamos aguardar e ver no que dá, porém, de antemão, o hit já faz sucesso na internet onde muitas pessoas acessam o site YouTube para dar uma conferida.
Confira a música no link abaixo:
http://br.youtube.com/watch?v=c-HYQHuBut8

Referência: Site UOL Música

Músicas para todos os momentos


Não é novidade para ninguém que a música tem o poder de expressar nossos pensamentos, sentimentos e muitas coisas que às vezes não temos coragem de dizer. É comum prestarmos atenção em determinada letra e dizer que a mesma tem tudo em comum conosco, ou com o momento que estamos vivendo.
Os dois momentos em que mais lembramos e nos identificamos com algumas músicas são aqueles momentos de tristeza, mais conhecidos como “momentos fossa”, e os momentos em que precisamos levantar a auto-estima.
A 89Fm, em seu site (http://www.89fm.com.br/), elegeu as 10 músicas para os dois momentos. A íntegra você pode conferir nos links descritos no final desta matéria.
Confira agora as 10 músicas para os “momentos fossas”, e logo abaixo as 10 músicas para “dar a volta por cima”.

As 10 mais “fossa”

1º “Without You” – Mariah Carey

2º “Você Não Me Ensinou a Te Esquecer” – Caetano Veloso

3º “Nothing Compares” – Sinead O’Connor

4º “You’re Beautiful” – James Blunt

5º “Tears In Heaven” – Eric Clapton

6º “Don’r Speak” – No Doubt

7º “So Sick” – Ne-yo

8º “My Immortal” – Evanescence

9º “Duas Lágrimas” – Fresno

10º “Because Of You” – Kelly Clarkson

As 10 mais “volta por cima”

1º “Sexed Up” – Robin Williams


2º “I Will Survive” – Gloria Gaynor

3º “Stronger” – Britney Spears


4º “Survivor” – Destiny’s Child

5º “Alone” – Offer Nissim e Maya

6º “Hung Up” – Madonna

7º “Irreplaceable” – Beyoncé

8º “So What” – Pink

9º “Smile” – Lily Allen

10º “Garganta” – Ana Carolina

Ouças as músicas nos links abaixo:
http://www.89fm.com.br/noticias/voltaporcima.aspx
http://www.89fm.com.br/noticias/musicas_depre.aspx

Referência: Site 89Fm

sábado, 17 de janeiro de 2009

Já escreveu algo hoje?

Escrevo o que sinto e o que meu pensamento diz.
Escrevo o que minha voz não teve coragem de dizer.
Escrevo sobre a tua, sobre a dele e sobre a minha vida.
Escrevo o quanto a nossa cabeça é medíocre.
Escrevo o que sei, o que estou aprendendo e o que não sei desse mundo.
Escrevo para tentar entender porque a vida é assim.
Escrevo para fazer a justiça que minhas mãos não fizeram.
Escrevo porque tenho esperança que o mundo veja.
Escrevo para namorar as palavras.
Escrevo o que não importa aos normais.
Escrevo o que não importa a você.
Escrevo, para não morrer com as palavras.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Pena de morte?


É inacreditável como a "modernidade" das novelas a cada dia nos surpreende.

É a novela que nos "ensina" a moda que devemos seguir, a gíria que devemos falar, os conceitos que devemos ter, a música que vamos ouvir, o estilo de vida que vamos levar, etc. O poder ideologico de suas histórias é impressionante. Tudo é seguido conforme mostrado na novela, até os nomes, não me surpreenderia se em uma maternidade, nesse momento, nascessem Floras, Donatelas e Laras. O poder das novelas não é novidade.

O destino de uma personagem da novela "A Favorita", porém, me impressionou. Não sou a melhor pessoa para comentar de novelas, uma vez que, nunca as acompanho. Devido às férias letivas, pude ter a oportunidade de acompanhar o final de tal novela, o que não foi tão difícil de conseguir, uma vez que sabia por tabela tudo o que se passava com os personagens, só não os conhecia. Voltando ao foco, o destino da personagem que me impressionou foi o papel vivido por Helena Ranaldi, Dedina. Não acreditei que em 2009, viveria para ver "pena de morte" novamente. E o pior, por adultério.

Parece que voltamos à Idade Média, onde os "adúlteros" (as aspas não estão aí por acaso, acredite), eram queimados na fogueira. O pior que vejo é a opinião pública, sim, a famosa opinião pública. Conversas no ônibus, metrô, trabalho, etc. não escondem a sua opinião: "Bem feito, ela traiu, agora paga!". O que está acontecendo com o mundo "moderninho"? Voltamos a raízes passadas? Antes fosse... antes fosse.

O adultério é algo que é imperdoável para qualquer casal que realmente se ame. Sim. Não estou em defesa do adultério, mas acho que já crescemos o suficiente em termos de mentalidade, para aceitar que o adultério seja pago com a morte. Se é que merece castigo.

Traição é algo duro de se aceitar, realmente, porém de que vale vingar-se? Meu amigo, ou amiga, o "chifre" já foi dado, de que adianta agora dar o troco? E pior, de que vale a morte para "aliviar" a culpa? Jurei, estar assistindo uma novela de época, não fossem os trajes dos personagens, me perderia na história.

O mais engraçado é que tratamos e ensinamos que a essa visão de mundo, sempre existiu.

O mundo no passado não passava de tratos e acordos, e o casamento era mais um desses contratos. A menos que não fosse um escândalo público, pouco importava a mulher, às vezes até ao marido, que seu cônjuge tivesse relações fora de seu casamento. É preciso entender que esse conceito de família é coisa moderna, pós Revolução Francesa. Mamãe, papai e filhinhos sempre juntos e unidos é uma idéia que nos foi vendida e que, não sei como, até hoje acreditamos.

Sabemos, há muito, que nenhuma família vive como num comercial de margarina. E mesmo sabendo de tudo isso, ainda assistimos o castigo final de uma adúltera com a morte? Como se isso redimisse seus erros.

Precisamos melhorar nosso conceito de morte. Nem todos que morrem viram santos. E erros não são corrigidos com a morte.

Mas vamos fazer o que não é mesmo? Com certeza a "tiazinha" do ônibus irá falar: "Bem feito, traiu tem que pagar!".

Bem vindos ao moderníssimo 2009!

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Séries alcançam excelente audiência


Os dois maiores canais da televisão brasileira, Globo e Record, lançaram ontem novos seriados.
A Globo lançou “Maysa – Quando fala o coração”, que conta a história da cantora Maysa Monjardin Matarazzo, mãe do diretor de telenovelas Jayme Monjardin. A série retrata a polêmica vida da cantora, que levava uma vida boemia em plena década de 60.
A estréia mostrou o acidente que matou Maysa e retratou a vida da cantora como “flashbacks”. A atriz Larissa Maciel, teve uma ótima atuação, tendo grande semelhança com o comportamento real de Maysa. Outra curiosidade da série é que Jayme (ou Jayminho, como é retratado), é vivido pelos netos (e filhos de Jayme) de Maysa: André Matarazzo e Jayme Matarazzo Filho.
Maysa, alcançou 31 pontos no Ibope.
Já a Record, lançou “A Lei e o Crime”, que conta com grandes atores (como Ângelo Paes Leme, Raquel Nunes e Heitor Martinez), mostra a vida do personagem Nando (Angelo Paes Leme), que após ser humilhado acaba matando o sogro. Com isso, o personagem é obrigado a fugir e se aprofundar cada vez mais na vida do crime caso queira sobreviver e reencontrar sua esposa (Raquel Nunes) e sua filha.
A série tem sua história passada numa favela carioca, o Morro do Alvorada. Segue traços semelhantes da novela “Vidas Opostas” (inclusive o cenário é o mesmo).
Apesar de toda violência mostrada, a série alcançou 25 pontos no Ibope.
Tais series de peso, ainda não concorrem no mesmo horário. “A Lei e o Crime”, começa as 23h15, enquanto Maysa começa logo após a novela “A Favorita”.
Parece que o espaço dos famosos seriados de janeiro, não pertence mais somente à Globo, mais uma prova da concorrência, que enfim, está chegando na televisão brasileira. Ainda está fraca, porém, quem sabe um dia...

Referências: Site Rede Record
Site Rede Globo
UOL Televisão
Wikipédia

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Israel e Bla Bla Bla (Parte III)


Como adulto que ainda não sou,

O jornal está com uma manchete super escandalosa: Na foto, uma criança chorando. Não sei porque ainda apelam para esse tipo de sensacionalismo. Nada impressiona mais. Bombas, Oriente Médio, Israel, Palestina e todo esse blábláblá.
Nem uma criança que pergunta inocentemente, o porquê da briga desse povo todo, não impressiona.
Tento explicar, mas logo desisto. Como explicar algo que eu não vivo? Por mais que eu tenha me afundado em estudos, por mais que jornais, televisão e internet tenham me bombardeado com a notícia, eu não sei!
Tem certas coisas que apenas sentindo na pele para explicar, acho que é o caso.
Não vai impressionar número de crianças, e civis mortos, sabe por quê? Sempre haverá a amenização ‘a maioria foram militares mortos’.
Será que viramos loucos? São pessoas! Pessoas que morrem!
A arte da guerra evoluiu muito. Nada impressiona, o que impressiona, há muito, foi aprendido e como todo erro aprendido, foi corrigido.
Já reparou que as bombas são mostradas do alto? Apenas a bola de fogo, parecem fogos de artifício. Não fosse a guerra, seria espetáculo (ué... não é?). Depois.... apenas os destroços. Dá pra perceber que ali há vitimas?
Por que não mostram mais a destruição dos corpos, causadas pelas bombas? Por que não mostram os feridos se agonizando?
Não! Não sou nenhum maníaco por sangue e carnificina, se eu fosse, eu faria a carnificina. Não desejo ver fotos nem imagens aterrorizadoras. Sabe por que? Porque impressionam! Dá dó. Dá dor. Dá pra sentir na pele um pouquinho do que se sente. Dá pra se sentir culpado e numa guerra, tudo que menos se quer é a culpa. A culpa é coisa para os fracos. O mundo é coisa para os fortes.
Francamente, desisto de entender o mundo.
Deixe para os jovens. Ou quem sabe, no futuro, as crianças.


Paz na terra aos homens de boa (e má) vontade!

Israel e Bla Bla Bla (Parte II)

Como jovem,

Acabo de acessar a internet atrás de alguma novidade musical. Tudo que vejo são números de crianças e civis mortos em um lugar que mal eu sei onde fica, mas sei que, como diria uma tia, ‘a coisa ta preta’.
Resolvi me aprofundar um pouco. Queria ver o que os jornais internacionais estavam falando. Tipo: Estados Unidos, entende? Pois é. Parece que estão ocupados com outras coisas mais importantes, porque as manchetes não são tão escandalosas quanto as nossas sobre Israel.
Quem vê pensa também que estamos preocupados. Na verdade, sendo bem sincero, nunca me interessei muito por Israel. Sei que desde que nasci já tem uma guerra que nunca acaba. Minha mãe diz que é desde o tempo de Cristo. Acho que não. Mudaram os interesses e muito.
Tentaram me explicar o que ocorre. Professores da escola, da faculdade, o pessoal do serviço, enfim, todo mundo, mas acho que estava mais ocupado com o meu ‘Mp4’ no ouvido.
Mesmo sabendo pouco, apenas uma coisa me assusta. Li uma declaração dizendo que os bombardeios insistentes de Israel (e olhe que não estou em defesa de nenhum dos lados), são apenas para alcançar a paz. Que paz é essa que é conquistada com tanta violência? É mesma coisa que a polícia chegar numa favela e dizer: “Vamos matar ‘geral’, independente de criminoso ou não. Tudo isso para encontrar a paz”.
Paz? Fala sério. Agora entendo muito bem o que George Orwell no livro ‘1984’ quis dizer: Guerra é paz.

O mundo é muito complicado mesmo. Desisto de tentar entender.
Vou voltar para o meu Mp4.

Israel e Bla Bla Bla

Como criança,

Eu nunca entendo o que está acontecendo. Minha mãe diz que é o fim do mundo. Meu pai diz que já virou rotina. A professora, diz que é assunto muito forte para ser tratado conosco. A TV diz que, não sei quantas, crianças morreram.
Afinal, será que há alguém no mundo que pode me explicar o que está havendo?
Por que existe bomba? Quem é o lado do bem e quem é o lado do mal? Será que um míssil vai atingir a minha casa?
E todas aquelas pessoas mortas? Vai ter espaço no cemitério?
Sinceramente, já sei que ninguém me entende. Não faz mal, agora sei que não entendo ninguém mesmo.