sábado, 14 de março de 2009

Às vezes decido lhe visitar


Às vezes decido que vou. Vou e ponto. Não importa como nem onde. Eu vou lhe visitar.
Posso chegar silenciosa, como quem nada quer e você nem perceber a minha presença.
Posso chegar cantando alegre e com um bom vinho na mão.
Posso chegar chorosa procurando um ombro para me apoiar.
Posso não chegar. Não agora, daqui a pouco.
O que importa é que eu vou. Não sei quando. Pode ser hoje, amanhã ou daqui a vinte anos. Se bem me conheço podem ser até mais anos, mas não vou dar o gostinho de ser previsível. Minha marca é a surpresa. Minha obsessão é o desespero que tens pela minha chegada.
Eu posso cantar se você quiser. Mas creio que talvez você prefira o silêncio, como se fizesse diferença. Eu preferia o barulho, a monotonia me irrita.
Não sei se vou ter palavras para lhe dizer quando eu chegar. Talvez um “Enfim a sós”, ou quem sabe “Demorou mais cheguei”. Não sei, nem me importa saber. Se bater a vontade eu vou.
A única certeza que temos: você volta comigo.




Comentário humano: Alguém sabe me dizer quando ela vem?

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